2. Conto surgiu a Quaresma
Nós sabemos que uma festa não pode ser bem-sucedida se não for cuidadosamente preparada. Aproximadamente duzentos anos depois de Cristo, os cristãos, ansiosos por fruir, em toda a sua plenitude, os frutos espirituais da Páscoa, introduziram o costume de precedê-la por três dias, dedicados à oração, à meditação e ao jejum, em sinal de luto pela morte de Cristo.
Essa grande festa, porém, não devia ser somente preparada; era preciso também encontrar uma forma de prolongar a alegria e a riqueza espiritual da mesma. Foram instituídas então as “sete semanas”, os 50 dias de Pentecostes, que deviam ser celebrados com grande alegria, porque, como dizia um famoso bispo daqueles tem pos, chamado Irineu, “constituem como que um único dia de festa que tem a mesma importância do domingo”.
Durante os dias de Pentecostes rezava-se em pé, era proibido jejuar e eram administrados os batismos. Praticamente era como se o dia de Páscoa... durasse 50 dias!
Passaram-se mais 150 anos e, por volta dos anos 350 d.C., percebendo que três dias de preparação era muito pouco, os aumenta ram para 40... Nascia a Quaresma.
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